quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Origem do Teatro Grego e Brasileiro

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DE TAGUATINGA
CENTRO DE ENSINO FUNDAMENTAL 17 DE TAGUATINGA

Origem do Teatro Grego – Prof.ª Adriana Teixeira/ 4º Bimestre 2014

Teatro é um termo de origem grega que designa simultaneamente o conjunto de peças dramáticas para apresentação em público e o edifício onde são apresentadas essas peças. É uma forma de arte na qual um ou vários atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados.
Dá-se o nome de dramaturgia à arte de escrever peças de teatro, sendo o dramaturgo a pessoa responsável pela composição dos textos.
Existem muitos gêneros de teatro, dentre os quais se destacam: auto, comédia, drama, fantoche, ópera, musical, revista, tragédia, tragicomédia.
                teatro teve sua origem no século VI A.C., na Grécia, surgindo das festas dionisíacas realizadas em homenagem ao deus Dionísio, que é o deus do vinho, do teatro e da fertilidade. Essas festas, que eram rituais sagrados, procissões e recitais que duravam dias seguidos, aconteciam uma vez por ano na primavera, períodos em que se fazia a colheita do vinho naquela região. Na celebração da colheita de uvas (vindima) havia música, dança e apresentações do ditirambo. O ditirambo era um hino cantado e representado por um coro fantasiado. O teatro passou a ser não só o local físico para onde o público se deslocava para ver as cerimônias como as próprias representações, que aos poucos foram adquirindo a forma teatral com a introdução de histórias sobre os grandes heróis gregos.
O Teatro grego que hoje conhecemos surgiu, segundo historiadores, de um acontecimento inusitado. Quando um participante desse ritual sagrado resolve vestir uma máscara humana, enfeitada com cachos de uva, sobe em seu palco em praça pública e diz: “Eu sou Dionísio!”. Todos ficam espantados com a coragem desde ser humano colocar-se no lugar de um deus, ou melhor, fingir ser um deus, coisa que até então não havia acontecido, pois um deus era para ser louvado, era um ser intocável. Este homem chamava-se Téspis, considerado o primeiro ator da história do teatro ocidental. Ele arriscou transformar o sagrado em profano, a verdade em faz-de-conta, o ritual em teatro, pela primeira vez, diante de outros, mostrou que poderíamos representar o outro. Este acontecimento é o marco inicial da ação dramática.
            Paralelos a este acontecimento sociocultural, vão surgindo os prédios teatrais gregos, que eram construções ao ar livre, formadas em encostas para facilitar o escalonamento das arquibancadas. A acústica (propagação do som) era perfeita, de tal forma que a pessoa sentada na última fileira, podia ouvir tão bem a voz dos atores, quanto quem estivesse sentado na primeira fileira. O prédio teatral grego era formado, basicamente, da seguinte estrutura: arquibancada, orquestra, thumelê, proscênio e palco.
·         Arquibancada: era feita de pedras e sua utilização pelos cidadãos gregos era democrática, dali todos podiam assistir com a mesma qualidade de visão as tragédias, comédias e sátiras.
·         Orquestra: era o espaço central circular onde o coro, formado por dançarinos, se apresentava.
·         Thumelê: era uma pedra fincada no centro da orquestra destinada as oferendas para o deus Dionísio.
·         Proscênio: destinava-se ao corifeu, líder do coro, era o espaço entra o palco e a orquestra.
·         Palco: construído inicialmente de madeira e mais tarde em pedra, era o espaço destinado à exposição dos cenários e para troca de figurinos e máscaras. Podemos encontrar diferentes vestígios desta cultura artística em nosso teatro contemporâneo, bastando um estudo aprofundado por diferentes olhares estéticos.
  
Aspectos do Teatro Grego Antigo
            Durante o período clássico da história da Grécia (século V A.C.) foram estabelecidos os estilos mais conhecidos de teatro: a tragédia e a comédia.
            A tragédia é uma peça de teatro de tema frequentemente mitológico ou histórico e cujos personagens, em geral ilustres, representam uma ação destinada a provocar a piedade ou terror, por meio da exposição das paixões humana e das suas consequências fatais, as catástrofes. Os três maiores dramaturgos gregos que escreveram tragédias foram: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. 
            A comédia grega eram histórias engraçadas chamadas sátiras, que são gozações da vida. O dramaturgo Aristófanes, foi o principal dramaturgo que escrevia comédias. Suas comédias eram fortes sátiras que criticavam diversos aspectos sociais e políticos da sociedade ateniense.
            Os atores representavam usando máscaras e túnicas de acordo com o personagem. Muitas vezes, eram montados cenários bem decorados para dar maior realismo à encenação.
            Os temas mais representados nas peças teatrais gregas eram: tragédias relacionadas a fatos cotidianos, problemas emocionais e psicológicos, lendas e mitos, homenagem aos deuses gregos, fatos heroicos e críticas humorísticas aos políticos. Os atores, além das máscaras, utilizam muito os recursos da mímica, que é a arte de imitar ou caracterizar por meio de gestos e expressão fisionômica. Muitas vezes a peça era acompanhada por músicas reproduzidas por um coral.

A Origem do Teatro no Brasil
            O teatro brasileiro teve sua origem no século XVI, em 1564, quando o Brasil passou a ser colônia de Portugal. Os padres da chamada companhia de Jesus, os Jesuítas, vieram para catequizar os índios, e com isso trouxeram suas influências culturais como a literatura e o teatro. Este então foi usado como instrumento pedagógico, em princípio para a educação religiosa, já que os índios tinham uma tendência natural para a música e a dança, e sendo assim os Jesuítas se utilizaram de elementos da cultura indígena e perceberam no teatro o método mais eficaz como instrumento de "civilização".
            Pelo fascínio da imagem representativa, o teatro era muito mais eficaz do que um sermão, por exemplo. Nota-se, portanto, que a origem do teatro no Brasil é religiosa, assim como boa parte das manifestações culturais. Nessa época o Padre Anchieta era o responsável pela autoria das peças, ele escreveu alguns Autos como "Na festa de São Lourenço", também conhecido como "Mistério de Jesus", e o "Auto da Pregação Universal", escrito entre 1567 e 1570, e representado em várias regiões do Brasil, por vários anos.
            No entanto, o principal objetivo era a catequese, por isso com esses elementos também estavam os dogmas da Igreja Católica. Sendo assim, as comédias e tragédias eram pouco representadas. Então, o que mais se representavam eram autos sacramentais, que tinham caráter dramático, e, portanto, estavam impregnadas de características religiosas.
Até 1584 as peças eram escritas em tupi, português ou espanhol, quando então surgiu o latim. Os autos tinham sempre um fundo religioso, moral e didático, representados por personagens de demônios, santos, imperadores e algumas vezes apenas simbolismos, como o amor ou o temor a Deus. Os atores eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos amadores, ou seja, não eram profissionais, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas igrejas, nas praças e nos colégios.

Tragédia e comédia, símbolo do teatro

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