GOVERNO DO
DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
COORDENAÇÃO
REGIONAL DE ENSINO DE TAGUATINGA
CENTRO DE
ENSINO FUNDAMENTAL 17 DE TAGUATINGA
Origem do Teatro Grego – Prof.ª Adriana Teixeira/ 4º Bimestre 2014
Teatro
é um termo de origem grega que
designa simultaneamente o conjunto de
peças dramáticas para apresentação em público e o edifício onde são
apresentadas essas peças. É uma forma de arte
na qual um ou vários atores apresentam uma determinada história que desperta na
plateia sentimentos variados.
Dá-se
o nome de dramaturgia à arte de
escrever peças de teatro, sendo o dramaturgo
a pessoa responsável pela composição dos textos.
Existem
muitos gêneros de teatro, dentre os quais se destacam: auto, comédia, drama, fantoche, ópera, musical, revista, tragédia,
tragicomédia.
O teatro teve sua origem no século VI A.C., na Grécia, surgindo
das festas dionisíacas realizadas em homenagem ao deus Dionísio, que é o deus do vinho,
do teatro e da fertilidade. Essas festas, que eram rituais sagrados, procissões
e recitais que duravam dias seguidos, aconteciam uma vez por ano na
primavera, períodos em que se fazia a colheita do vinho naquela região. Na celebração da
colheita de uvas (vindima) havia música,
dança e apresentações do ditirambo.
O ditirambo era um hino cantado e
representado por um coro fantasiado.
O teatro passou a ser não só o local físico para onde o público se deslocava
para ver as cerimônias como as próprias representações, que aos poucos foram
adquirindo a forma teatral com a introdução de histórias sobre os grandes
heróis gregos.
O Teatro grego que hoje
conhecemos surgiu, segundo historiadores, de um acontecimento inusitado. Quando
um participante desse ritual sagrado
resolve vestir uma máscara humana, enfeitada com cachos de uva, sobe em seu palco
em praça pública e diz: “Eu sou
Dionísio!”. Todos ficam espantados com a coragem desde ser humano
colocar-se no lugar de um deus, ou melhor, fingir ser um deus, coisa que até
então não havia acontecido, pois um deus era para ser louvado, era um ser intocável.
Este homem chamava-se Téspis, considerado o primeiro ator da história do
teatro ocidental. Ele arriscou transformar o sagrado em profano, a verdade em
faz-de-conta, o ritual em teatro, pela primeira vez, diante de outros, mostrou
que poderíamos representar o outro. Este acontecimento é o marco inicial da ação dramática.
Paralelos a este acontecimento
sociocultural, vão surgindo os prédios
teatrais gregos, que eram construções ao ar livre, formadas em encostas para facilitar o escalonamento das arquibancadas. A acústica (propagação do som) era perfeita, de tal forma que a
pessoa sentada na última fileira, podia ouvir tão bem a voz dos atores, quanto
quem estivesse sentado na primeira fileira. O prédio teatral grego era formado,
basicamente, da seguinte estrutura: arquibancada,
orquestra, thumelê, proscênio e palco.
·
Arquibancada: era feita de pedras e sua
utilização pelos cidadãos gregos era democrática, dali todos podiam assistir com a mesma qualidade de
visão as tragédias, comédias e sátiras.
·
Orquestra: era o espaço central circular
onde o coro, formado por dançarinos, se apresentava.
·
Thumelê: era uma pedra fincada no centro
da orquestra destinada as oferendas para o deus Dionísio.
·
Proscênio: destinava-se ao corifeu, líder
do coro, era o espaço entra o palco e a orquestra.
·
Palco: construído inicialmente de
madeira e mais tarde em pedra, era o espaço destinado à exposição dos cenários
e para troca de figurinos e máscaras. Podemos encontrar diferentes vestígios
desta cultura artística em nosso teatro contemporâneo, bastando um estudo
aprofundado por diferentes olhares estéticos.
Aspectos
do Teatro Grego Antigo
Durante o período clássico da
história da Grécia (século V A.C.) foram estabelecidos os estilos mais
conhecidos de teatro: a tragédia e a
comédia.
A tragédia é uma peça de teatro de tema frequentemente mitológico ou histórico e cujos
personagens, em geral ilustres, representam uma ação destinada a provocar a piedade ou terror, por meio da
exposição das paixões humana e das
suas consequências fatais, as catástrofes. Os três maiores
dramaturgos gregos que escreveram tragédias foram: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.
A
comédia grega eram histórias
engraçadas chamadas sátiras, que são
gozações da vida. O dramaturgo Aristófanes, foi o principal dramaturgo que escrevia comédias. Suas comédias eram fortes sátiras que
criticavam diversos aspectos sociais e
políticos da sociedade ateniense.
Os atores representavam usando máscaras e túnicas de acordo com o
personagem. Muitas vezes, eram montados cenários bem decorados para dar maior realismo à encenação.
Os temas mais representados nas
peças teatrais gregas eram: tragédias
relacionadas a fatos cotidianos, problemas emocionais e psicológicos, lendas e
mitos, homenagem aos deuses
gregos, fatos heroicos e críticas humorísticas aos políticos. Os atores,
além das máscaras, utilizam muito os recursos da mímica,
que é a arte de imitar ou caracterizar por meio de gestos e expressão
fisionômica. Muitas vezes a peça era acompanhada por músicas reproduzidas por um
coral.
A Origem do Teatro no
Brasil
O teatro brasileiro
teve sua origem no século XVI, em 1564, quando o Brasil passou a ser colônia de
Portugal. Os padres da chamada companhia
de Jesus, os Jesuítas, vieram
para catequizar os índios, e com
isso trouxeram suas influências culturais como a literatura e o teatro. Este então foi usado como instrumento pedagógico, em princípio para a educação religiosa, já que os índios
tinham uma tendência natural para a
música e a dança, e sendo assim os Jesuítas
se utilizaram de elementos da cultura indígena e perceberam no teatro o método
mais eficaz como instrumento de "civilização".
Pelo fascínio da imagem
representativa, o teatro era muito mais eficaz do que um sermão, por exemplo.
Nota-se, portanto, que a origem do teatro no Brasil é religiosa, assim como boa parte das manifestações culturais. Nessa
época o Padre Anchieta era o
responsável pela autoria das peças, ele escreveu alguns Autos como "Na festa de São Lourenço",
também conhecido como "Mistério de Jesus", e o "Auto da Pregação Universal",
escrito entre 1567 e 1570, e representado em várias regiões do Brasil, por
vários anos.
No entanto, o principal
objetivo era a catequese, por isso
com esses elementos também estavam os dogmas da Igreja Católica. Sendo assim, as comédias e tragédias eram pouco representadas. Então, o que mais
se representavam eram autos sacramentais,
que tinham caráter dramático, e, portanto, estavam impregnadas de características religiosas.
Até 1584 as peças eram escritas em tupi,
português ou espanhol, quando então surgiu o latim. Os autos tinham sempre um fundo religioso, moral e didático, representados por personagens de
demônios, santos, imperadores e
algumas vezes apenas simbolismos, como o amor
ou o temor a Deus. Os atores eram os índios
domesticados, os futuros padres,
os brancos e os mamelucos. Todos amadores, ou seja, não eram profissionais, que
atuavam de improviso nas peças apresentadas nas igrejas, nas praças e nos colégios.
![Tragédia e comédia, símbolo do teatro](file:///C:/Users/Adriana/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.jpg)
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